sexta-feira, 17 de julho de 2009

Roberto Rocha mentiu sobre doação de campanha; Espólio do seu pai não registra saque de R$ 30 mil em 2006


Este blog teve acesso a uma Certidão da Ação de Inventário (Proc. nº 353/2003), de Luiz Alves Coelho Rocha, que corre na 3ª Vara do Termo Judiciário Sede da Comarca de Balsas. Nela, não consta nenhuma retirada de R$ 30 mil do Espólio do ex-governador, morto em 2001, para a campanha de deputado federal de Roberto Rocha (2006).
Significa que Roberto Rocha mentiu à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público Eleitoral. E mentiu duas vezes: primeiro, ao incluir doação do pai falecido em sua prestação de contas. Depois, quando pego na botija, ao afirmar tratar-se, na verdade, de doação do Espólio.
Certidões deste tipo são documentos públicos, portanto de acesso a qualquer interessado. esta que está em poder do blog é assinada pelo Secretário Judicial Flávio da Silva Rodrigues e é datada de 9 de julho de 2009, portanto, já deveria ter o Alvará da doação de 2006.
Em processos de Inventário, qualquer movimentação (retirada, inclusão de bens ou recursos financeiros) tem que ser comunicada ao juiz inventariante, e precisa de Parecer favorável do Ministério Público.
Ou seja, para receber uma doação do espólio do seu pai, Roberto Rocha precisaria comunicar o fato ao juíz, que pediria parecer do MP. Toda a movimentação teria que está registrada na Certidão, com Alvarás Judiciais expedidos.
Neste documento, datado de 9 de julho de 2009, consta que, desde o início do Inventário, o juiz expediu sete Alvarás Judiciais. Nenhum deles trata da doação de R$ 30 mil feita à campanha de Roberto.
Ele, portanto, terá que explicar ao Ministério Público a origem do diheiro que apareceu em sua prestação de contas em nome do pai falecido.
Aliás, o Espólio de Luiz Rocha não registra também a venda, por R$ 6 milhões, da mansão em que Roberto Rocha mora, na Cohama, segundo noticiou o blog de Décio Sá.
Mas esta, é uma outra história…

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